Todos sabem quem tem". Dissemina-se por meio do tráfico formiguinha e solidário, que dispensa subidas ao morro, traficantes armados e drogados ou "dura" DA polícia na Volta. Um bate-papo no MSN ou Google Talk resolve tudo. O baile funk na favela ganhou sua versão elite branca: a rave. A filosofia é a mesma: parece uma festa, mas é uma feira. Cobra-se ingresso, aumenta-se o som e trancam-se OS portões. Fecham-se OS olhos. Ibiza é aqui. Puro êxtase sem controle ou fiscalização. Uma carteira falsificada garante a entrada no paraíso.
Aos poucos, no noticiário DA tevê, saem de cena OS pretos magrinhos de Bermuda e chinelo, entram em cartaz OS brancos de tórax malhado, Bermuda e tênis Puma. Atrás deles, OS policiais de sempre. Sempre correndo atrás. A revolução industrial do tráfico, por meio DA oferta e do aumento do consumo de drogas químicas, está apenas começando. Mas o estrago que provoca parece irreversível. Um moleque de 17 anos engole uma pílula e seja o que Deus quiser -ou o diabo. Se ele estiver ligado.
Por SERGIO COSTA
Sergioqc uol.com.Br
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