Porque aover suas fotos bizarras, segurando a cobra sucuri pesada, masinofensiva, ostentado fardamento antes privativo dos militares ativosda carreira militar, não posso deixar de olhar enviesado, vendo na suafarda uma performance de fantasia. Confesso que a toga despida comcerta precipitação lhe caia melhor e mais adequada.
Quando foicriado o Ministério da Defesa asseverava-se que o comando das ForçasArmadas deveria ser de um civil. Aliás, naquela linha "de que a guerraé importante demais para ser comandada por militares." Mas, o quê se vêé que Defesa Nacional, na Paz ou na Guerra. É assunto sério demais paraser delegado a políticos, fardados ou não. Amados ou não. E se acondição da envergadura de farda é essencial ao exercício do cargo,porque não deixá-la sobre os ombros de quem está habituado a ela desdeo Colégio Militar?
Acada posse nos altos cargos que ocupou estive presente com a esperançade que o seu talento e capacidade de trabalho muito acrescentariam àconstrução de uma pátria mais justa. As reações a seus atos, cada vezmais virulentas, por parte das diversas corporações, colocavam-me nasua defesa, nem sempre com os melhores argumentos, porque nuncaconsegui decifrar as premissas da lógica da Corte Metropolitanabrasiliana. Mas, foi me faltando munição.
Li na imprensa que tedesagradou a crítica debochada dos que não viram nenhuma bravura no atode segurar a cobra. Nelson, se posso dizer alguma coisa, ainda ousandoda condição de amigo, é que não deveria ter expor as situações onde aótica do ridículo é muito mais forte do que a dos bons propósitos. Ametáfora da cobra, sucuri, jibóia ou a nossa cruzeira é muito forte. Ea cobra que esta fumando e que exige um comandante "que lhe conserte asidéias" é muito maior e perigosa. Três colunas de milicianos, miserávelmassa de manobra marcham no Rio Grande partindo de diferentes pontos,sobre a Fazenda Coqueiros, cujo "crime" é ser grande e produtiva. Departe do Governo Federal nenhum embargo, mas sim incentivo e subsídio.Quê diabo de reforma agrária é essa que mapeou o Rio Grande e treina emmanobras guerrilheiras, com bandeiras anacrônicas, com estandartesvermelhos sempre flamantes, nessa incessante semeadura de ódio.
OHaiti é aqui, Marechal Jobim. O difícil não é segurar o touro pelasaspas, mas soltá-lo, como assevera Millor Fernandes. Receba sem rancoras ponderações de quem ainda se tem por seu amigo.
por Odilon Abreu
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