Como já escrevi em algum lugar, perto do Movimento dos Sem Terra (MST) as Ligas Camponesas de Francisco Julião não passavam de brincadeirinha de jardim da infância. Não que as Ligas não tivessem recebido, para fins revolucionários, dinheiro e armas de Cuba, e com dólares fornecidos por Moscou, deixasse de decepar a cabeça de um fazendeiro e sua família de nove pessoas no interior de Pernambuco. De fato, as Ligas Camponesas atemorizavam. Mas, insisto, em matéria de violência, o MST, hoje, está mais para organização terrorista do que propriamente para o que se convencionou chamar de "movimento social" – ou um é sinônimo do outro?
Com efeito, neste último "Setembro Vermelho", a ação revolucionária do MST em 15 estados da Federação foi arrasadora: de foice, martelo e armas nas mãos, seus integrantes assaltaram e destruíram dezenas de propriedades rurais, danificaram máquinas agrícolas e tratores, ocuparam e depredaram repartições e prédios públicos, incendiaram veículos, obstruíram estradas, aeroportos e rios, saquearam casas e armazéns. Na sua guerra sem trégua contra a propriedade rural, sob o olhar permissivo do governo petista, o MST associou com êxito os métodos de deslocamento das guerrilhas aos ataques devastadores das organizações terroristas.
No mês de outubro, extrapolando o fatídico "Setembro Vermelho", o MST, que tem por trás de si a doutrinação revolucionária da Comissão Pastoral da Terra (controlada, por sua vez, pelo Conselho Mundial de Igrejas, uma agência do establishment britânico), intensificou sua onda de atos de vandalismo. Só para mencionar uma entre dezenas de ocupações, destaco o caso da Usina Salgado - no município de Ipojuca, Pernambuco -, uma das mais produtivas da região. Sob o pretexto de acusar débitos da empresa para com o INSS, na ordem de milhões, integrantes da massa de manobra da organização terrorista bloquearam estradas e paralisaram as máquinas da indústria que, segundo se informa, produz doze mil sacas de açúcar e cem mil litros de álcool por dia.
A clara dedução da conivência criminosa do governo com os "sem terra", revela-se aqui: embora o juiz da cidade, Luiz Haroldo Carneiro Leão Sobrinho, tenha concedido liminar de reintegração de posse à Usina Salgado, levando o conhecimento do ato jurídico aos invasores - eles simplesmente se recusaram a deixar o local. O superintendente do Incra na região, Abelardo Siqueira, reuniu-se com os predadores, ouviu tudo caladinho e depois limitou-se a repassar as reivindicações do grupo aos "companheiros" de Brasília. Por sua vez, o governador do Estado, Eduardo Campos, de partido socialista, em vez da polícia, mandou emissário da Secretária da Ação Social papear com os invasores. Resultado: os 700 integrantes do MST não arredaram o pé da usina e não permitiram a moagem da cana, estimada em seis mil toneladas por dia.
Para quem desconhece, é bom ressaltar que o MST e agregados (Via Campesina, MLST e outros) não são organizações comunistas nacionais – antes pelo contrário. Elas estão vinculadas e recebem dinheiro grosso de organismos e associações internacionais, em especial da Venezuela, China, ONGs abastadas da Europa e até dos Estados Unidos - para não falar nos bilhões de reais repassados ao "movimento" (clandestino, visto que o MST não tem personalidade jurídica) pelo próprio governo que, a pretexto de assentar os "sem terra", os abastece de afagos, comida (cesta básica) e salário. O negócio das ocupações chegou a tal grau de sofisticação que, hoje, os invasores se deslocam em ônibus (de aluguel) acompanhados por carretas abarrotadas de alimento.
Só mais um detalhe: longe de se preocupar com terras devolutas, melhorias da vida campesina ou mesmo a mítica reforma agrária, os líderes do MST (e agregados) só estão interessados de verdade em destruir a propriedade privada. A luta contra o "latifúndio improdutivo" já era. Seus objetivos agora, além da rendosa ocupação das terras produtivas, é inviabilizar o agronegócio, os transgênicos e o reflorestamento – demônios do capitalismo no campo.
Sem falar na "Revolução quilombola", coisa de que me ocuparei oportunamente.
Por Ipojuca Pontes
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Postado por MiguelGCF > IMPUNIDADE > VERGONHA NACIONAL
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